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sábado, 21 de dezembro de 2013

BAJULAÇÃO: DEVEMOS TEMER MAIS A LÍNGUA DO BAJULADOR DO QUE AS MÃOS DO PERSEGUIDOR

 
Jefferson Magno Costa


            Aurélio Agostinho (Numídia, Argélia,354-430,Hipona, Argélia), autor cristão extraordinário em todos os assuntos, utilizando doutrina tirada da escola do rei Davi, ensina que há dois tipos de inimigos: uns que perseguem, outros que bajulam. Agostinho disse que devemos temer mais a língua do bajulador que a mão do perseguidor. 
     A mão do perseguidor arma-se com a espada, com a lança, com a seta, com o veneno, e com todos os demais instrumentos de ferir e matar. Porém, temos que temer muito mais a língua aparentemente desarmada do bajulador, pois é muito mais perigosa que todas essas armas do perseguidor juntas.
 
     Alguns autores comparam o bajulador ao camaleão, que não tendo cor própria nem definida, reveste-se e pinta-se de todas as cores, quaisquer que sejam as do objeto vizinho. Outros o comparam à sombra, que não tem outro movimento que não seja imitar o corpo interposto à luz, do qual nunca se separa, e sempre e para qualquer parte o segue. 
     Outros comparam o bajulador ao espelho, retrato natural e recíproco de quem nele se vê. Por que se tu o olhares, ele olhará para ti. Se tu rires, ele rirá. Se chorares, ele chorará. Porém, serão lágrimas sem dor e riso sem alegria. Todavia, como o camaleão, a sombra e o espelho são imitadores mudos, a comparação que Agostinho fez do bajulador é a mais adequada e melhor de todas. Ele o comparou ao eco.
 
     O eco sempre repete o que diz a voz, e não sabe dizer outra coisa. Onde as concavidades são muitas, é cena verdadeiramente divertida ver como os ecos vão se respondendo sucessivamente uns aos outros, e todos sem variação, dizendo a mesma coisa. É assim que agem os bajuladores. O que disse a primeira voz, é o que todos repetem uniformemente. 
     Se o rei disser que quer iniciar uma guerra, mesmo que essa guerra seja de consequências perigosas, o que os ecos respondem? Guerra! guerra! guerra! Mas se o rei disser que quer declarar paz, mesmo que a ocasião seja desaconselhável e as condições impostas pelo inimigo sejam indecorosas, o que os ecos respondem? Paz! paz! paz! Se o rei disser que quer enriquecer os cofres públicos, mas para isso terá de aumentar consideravelmente os impostos, ainda que seus pretextos tenham mais de egoísmo e vaidade que de utilidade, o que os ecos respondem? Impostos! impostos! impostos! Da mesma forma agem os bajuladores.
     Sêneca dizia que preferia muito mais ofender o rei com a verdade, do que agradá-lo com a bajulação. Mas quem era Sêneca? Um grande filósofo estóico. Ele ensinava que a pessoa que possuía a maior riqueza era aquela que sabia viver sem depender de nenhuma. E ele mesmo praticou isso, pois sendo um homem riquíssimo, renunciou a todas as suas riquezas e entregou-as ao Estado romano. Ora, um homem que foi capaz de aumentar os tesouros do rei com a doação dos seus bens, tinha coragem e autoridade suficientes para correr o risco de ofender o rei com a verdade do que agradá-lo com a adulação.
     Porém, aqueles que querem remediar a sua pobreza, melhorar a sua casa ou alimentar a sua vaidade com os tesouros do rei, que podemos esperar deles? Que digam cinquenta adulações para conseguir um cargo, e que não se atrevam a dizer meia verdade, para não perdê-lo. 
 
     Diógenes, outro grande filósofo da antiguidade, que jamais concordou em adular os reis em troca de riquezas ou cargos, era tão pobre que não tinha sequer uma choupana para morar, e vivia dentro de um barril. O imperador Alexandre o Grande ouviu falar de Diógenes e quis conhecê-lo. Encontrou-o em uma planície perto de um bosque, com o semblante sereno e feliz, calmamente sentado dentro do seu barril, apreciando a natureza enquanto meditava. 
 
     Alexandre o Grande ficou impressionado ao ver um homem tão desprendido dos bens materiais, exatamente o oposto dele e de todos os bajuladores que o cercavam. Como era o rei mais poderoso do mundo naquela época, Alexandre disse a Diógenes que lhe pedisse o que quisesse. Diógenes respondeu: “Peço-te que não me tires o que não me podes dar.” Diógenes disse isto porque era Inverno, e Alexandre, ao parar diante do filósofo, estava impedindo, com a sombra do seu corpo, que Diógenes continuasse tomando o seu banho de sol. Alexandre virou-se para os ministros e generais que o acompanhavam e comentou: “Se eu não fosse Alexandre, o único homem que eu gostaria de ser nesse mundo era Diógenes.”
     Durante todo o tempo em que o rei Dionísio dominou a Sicília, não conseguiu subornar o grande filósofo Diógenes para fazê-lo parar de dizer-lhe algumas verdades. Diógenes, que era admirado por todos por sua coragem, sinceridade, e porque jamais aceitara vender sua consciência, estava certa vez lavando algumas ervas para comer, quando um dos bajuladores do rei aproximou-se e disse-lhe: “Se tu adulasses ao rei Dionísio não comerias ervas.” Imediatamente, Diógenes respondeu: “E se tu te contentasses em comer ervas, não precisarias adular a Dionísio.”
     Perguntaram certa vez a Biantes, um dos sete Sábios da Grécia, qual era o animal mais venenoso do mundo, e ele respondeu: “Dos bravos o tirano, dos mansos o bajulador.” Ao chamar a adulação de veneno, Biantes acertou em cheio; porém, ao distinguir o tirano do adulador, Biantes não foi muito feliz, porque todo adulador é um tirano. 
     O maior tirano que houve no tempo do nosso Salvador Jesus Cristo foi Herodes. Porém, os seus bajuladores ainda foram maiores tiranos que ele, porque o rei foi o tirano dos seus vassalos, e os bajuladores foram os tiranos do rei. 
 
     O texto do profeta Miquéias que os bajuladores explicaram a Herodes sobre o nascimento do novo Rei, fala expressamente de dois nascimentos do Messias, um temporal, como homem, e outro eterno, como Deus. O temporal como homem: “...de ti me sairá o que será Senhor em Israel” (Mq 5.2a), e o eterno como Deus: “e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2b). 
     O que os escribas e os príncipes dos sacerdotes, os maiores bajuladores de Herodes, fizeram na tentativa de dar pistas sobre o nascimento do Messias àquele rei que se perturbara e deixara todos perturbados ao saber que um rei ameaçador do seu trono havia nascido? (Mt 2.3,4). Na tentativa de ajudar aquela raposa traiçoeira, os bajuladores citaram a passagem profética de Miquéias. Mas só citaram a primeira parte, que fala sobre a natureza humana de Jesus, silenciando totalmente sobre a segunda natureza, a divina: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.” (Mt 2.6).
 
     Tendo sido enganado por seus bajuladores, Herodes supôs que aquele que havia nascido em Belém era tão-somente homem e não Deus, e que podia matá-lo. E a consequência dele pensar assim foi o decreto da morte dos inocentes (Mt 2.16). Sendo um assunto tão grave, o mais grave que poderia haver naquela corte, pois envolvia a coroa e a salvação de Israel, aqueles enganadores citaram a profecia de Miquéias pela metade, com o intuito de, através de uma meia-mentira e uma bajulação, traquilizarem o coração amedrontado daquele tirano. Vejam em que pode resultar a bajulação! Muitas crianças inocentes foram mortas graças à atitude dissimulada e falsa de um bando de bajuladores.
     (Trechos do Sermão da Primeira Sexta-Feira da Quaresma, pregado na Capela Real de Lisboa, em 1651, pelo maior pregador da língua portuguesa, Antônio Vieira. Ele estava com 43 anos de idade. Adaptado e atualizado para o leitor do século 21).
Jefferson Magno Costa

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A CRUZ



Is 61:1


· Esse versículo do livro de Isaias refere-se à obra que Jesus veio fazer aqui na Terra e que nós, seus discípulos, anunciamos e continuamos.

· Certa vez, Jesus estava em Nazaré, cidade onde havia sido criado, e lhe deram a oportunidade de falar na sinagoga. Ele, então, leu esse trecho do profeta Isaias e disse que essa Escritura estava se cumprindo naquele dia, em sua vida.Lc 4:14-22

· A obra de Jesus é uma obra completa! Ele veio, através da sua morte na cruz, nos libertar de toda prisão e nos trazer restauração física, emocional e espiritual.
A cruz traz uma mensagem de libertação.

DO QUE JESUS QUER ME LIBERTAR?

1. Jesus quer me libertar do império das trevas - Cl 1.13,14 )

* A Bíblia é clara em mostrar que só há duas opções de governo sobre a sua vida nesse mundo. Ou você está debaixo do império das trevas ou debaixo da autoridade de Jesus.Não há campo neutro.

O império das trevas é dominado pelo pecado e povoado pelo diabo e os demônios. Já o reino da luz é o reino de Jesus, onde Ele reina e onde estão os seus servos ( a igreja ) e os anjos.

O que muita gente desconhece é que, todos nós nascemos do lado errado, ou seja, nascemos no império das trevas. Espiritualmente falando, ninguém nasce justificado, filho de Deus, santo.

* Todos nascem pecadores e, por isso, pecam com tanta facilidade, desde a infância, sem que ninguém precise lhes ensinar. O único homem que nasceu do “lado certo” foi Adão, mas ele desobedeceu a Deus e, a partir daí, todos nós nascemos pecadores - (Rm 3:23 ).

* A morte de Jesus na cruz oferece a todas as pessoas a possibilidade de se reconciliar com Deus, através do perdão dos seus pecados.

A cruz é o passaporte pra você trocar de lugar no mundo espiritual. Abandonar o império das trevas e mudar-se para o reino de Jesus. Você não pode fazer isso por você mesmo. Só através de Jesus!

* Quem não entende e recebe a mensagem da cruz, continua no império das trevas, mesmo que não se aperceba disso.

2. Jesus quer me libertar do domínio do pecado - Rm 6:18

· Você já percebeu como as pessoas que não têm uma aliança com Deus pecam deliberadamente e abundantemente?

· Basta assistir a alguns minutos de telejornal para percebermos como as pessoas têm uma inclinação para a maldade, para o erro, para a corrupção.

· Quantos crimes! Quantos roubos! Quanta imoralidade! E isso não acontece só no nosso país. É assim no mundo inteiro!·
· As pessoas fazem coisas que ofendem a Deus com uma freqüência terrível e, nem se sentem culpadas por isso. Na verdade, elas são escravas do pecado. Mesmo que queiram, não conseguem se libertar.

· É como alguém viciado em álcool ou em drogas que, sabe que está errado, mas não consegue abandonar o vício. É a nossa natureza pecadora, da qual a Bíblia fala em Cl 3:5
·
· Mas, através da cruz, temos libertação. A mensagem da cruz promove em nós ARREPENDIMENTO e quem verdadeiramente se arrepende, não consegue mais repetir o erro.

· A mensagem da cruz também nos dá um forte aliado contra o pecado que é o ESPÍRITO SANTO DE DEUS.

· Quando você decide que Jesus será o seu Senhor, você recebe o Espírito Santo que, dentre outras coisas, nos ajuda a não pecar. Em nós mesmos, não temos forças, mas Deus nos capacita a vivermos de maneira digna e correta.
·
· O pecado não nos domina mais! Temos a opção e a força pra dizer NÃO ao pecado. A cruz nos liberta!


3. Jesus quer nos libertar do medo da morte

Você tem medo de morrer?

Pois observe o que a Bíblia diz em Hebreus 2:14,15.
O medo da morte é um tipo de escravidão.
Mas, veja que coisa tremenda: A MORTE DE JESUS NOS LIBERTA DO MEDO DA MORTE! Jesus venceu a morte e essa é a nossa garantia de vitória.
* Por que as pessoas têm tanto medo da morte? Porque desconhecem o que vem depois.
A insegurança e a incerteza causam um verdadeiro pavor em muitas pessoas que não gostam nem de pensar nesse assunto. Isso é uma escravidão, diz o autor aos Hebreus, porque por mais que “fujamos do assunto”, não poderemos fugir da morte.

* Se Jesus não voltar antes, vamos enfrentar a morte. Pois a mensagem da cruz me dá a CERTEZA DE UMA RESSURREIÇÃO E DE UMA ETERNIDADE COM DEUS.Jesus prometeu que, aqueles que o recebessem como Senhor teriam vida eterna garantida.
O céu não é uma promessa de ilusão, é uma bendita realidade. Há um lugar maravilhoso preparado para os filhos de Deus.

CONCLUSÃO:

- Hoje é dia de libertação na sua vida.
- É dia de você trocar de reino no mundo espiritual: sair do império das trevas e vir pra o Reino de Jesus.
- É dia de você experimentar libertação dos seus pecados e é dia de você não mais viver escravizado com medo da morte.
- Tome posse dessas bênçãos que Jesus conquistou na cruz!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Baixar CD Anderson Freire - Raridade - 2013

 
01. A Igreja Vem
02. Raridade
03. Um Novo Endereço
04. Acalma o Meu Coração
05. Efésios 6
06Deus e Seus Milagres
07. Aliança de Sangue
08. Atitude de Cristão
09. Ele Chegou
10. Meu Hospital
11. Uma História Contigo
12. Força e Sabedoria

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JUANRIBE PAGLIARIN - O TABERNÁCULO


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Happy Halloween!"?

"Happy Halloween!"?

"Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6.12).

Meus filhos teens estudam no melhor curso de inglês da cidade e todo ano é a mesma história: ao término da última aula do mês de outubro, os professores relembram a todos os alunos para participarem da festa de Halloween a ser realizada na noite de 31 de outubro. "Happy Halloween, class!" ("Feliz Halloween, turma!"), conclui o entusiasmado professor.

Anteriormente a festividade era realizada no auditório, mas no ano passado foi no prédio anexo. Uma semana antes do Halloween o mesmo transformou-se em uma casa mal-assombrada, que ficou coberta de plásticos e tecidos pretos e por vários desenhos escabrosos que lhe davam um aspecto de terror.

Será que Halloween é realmente uma festa feliz ("happy")? Ou será que há ocultismo da pesada nas suas origens? Será que essa festa envolve celebrações fúnebres, consultas aos mortos, louvor à "divindade" da morte e negociatas com entidades do mundo tenebroso? Será que é um evento tão ingênuo como se diz?

A origem do Halloween

O calendário da bruxaria resume-se no relacionamento da "Grande Deusa" (representada pela Lua e que nunca morre) com seu filho, o "Deus Chifrudo" (representado pelo Sol e que a cada ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro).[1]

Na roda do ano wicca (bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) deSamhain (pronuncia-se "sou-en"). Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou adormecendo (no Hemisfério Norte): "O sol se debilita e o deus está à morte. Oportunamente, chega o ano novo da wicca, corporificando a fé de que toda morte traz o renascimento através da deusa."[2]

O que é Samhain? É uma palavra de origem celta para designar "O Senhor da Morte". Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a "Festa dos Mortos".

Alto lá! Então, os professores de inglês, ao desejarem um "Happy Halloween!", estão, na verdade, desejando um "feliz" Samhain? Ou seja, uma "feliz" festa dos mortos? Um "feliz" ano novo da bruxaria? Um "feliz" dia da morte do "Deus Chifrudo"?

Se todo esse pacote é oriundo da religião celta e foi incorporado às doutrinas da bruxaria moderna, então precisamos conhecer mais sobre os celtas.

Os celtas e o culto aos mortos

O que hoje chamamos de Halloween era o festival celta de Samhain, o "Deus dos Mortos".
O que hoje chamamos de Halloween era o festival celta de Samhain, o "Deus dos Mortos".

É possível rastrear as origens das tribos celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que atingiu o seu apogeu por volta de 1200 a.C. Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI a.C.).[3]

Durante o período de Hallstatt, os celtas espalharam-se pela Grã-Bretanha, Espanha e França. O ano novo deles começava no dia 1º de novembro. O festival iniciado na noite anterior homenageavaSamhain, "O Senhor da Morte". Essa celebração marcava o início da estação de frio (no Hemisfério Norte), com menos períodos de sol e mais períodos de escuridão.

Os celtas acreditavam que durante as festividades de Samhain, os espíritos dos seus ancestrais sairiam dos campos gelados e dos túmulos para visitar suas casas e cabanas aquecidas. Os celtas criam que teriam de ser muito receptivos e agradáveis para com os espíritos, pois os bons espíritos supostamente protegeriam suas casas contra os maus espíritos durante aqueles meses de inverno.

Os celtas tinham medo do Samhain. Para agradar-lhe, os druidas, que eram os sacerdotes celtas, realizavam rituais macabros. Fogueiras (feitas de carvalhos por acreditarem ser essa uma árvore sagrada) eram acessas e sacrifícios eram feitos em homenagem aos deuses.[4] Criminosos, prisioneiros e animais eram queimados vivos em oferenda às divindades
.
Os druidas criam que essa era a noite mais propícia para fazer previsões e adivinhações sobre o futuro. Essa era a única noite do ano onde a ajuda do "Senhor da Morte" era invocada para tais propósitos.

Um dos rituais para desvendar o futuro consistia da observação dos restos mortais dos animais e das pessoas sacrificadas. O formato do fígado do morto, em especial, era estudado para se fazer prognósticos acerca do novo ano que se iniciava. Essa prática ocultista aparece no Antigo Testamento sendo realizada pelo rei da Babilônia: "Porque o rei da Babilônia pára na encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado" (Ezequiel 21.21).

Oh! Então, quando os professores de inglês desejam "Happy Halloween!" à classe, estão indiretamente desejando que seus educandos façam negociatas com espíritos do mundo sobrenatural que supostamente controlam os processos da natureza. E mais: que seus pupilos apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo proteção aos espíritos bons durante aquele novo ano.

Os principais símbolos do Halloween

Com a migração dos ingleses, e especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século XIX, Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.
"The Jack O’Lantern" (A Lanterna de Jack).

a) "The Jack O’Lantern" (A Lanterna de Jack)

Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por dentro.

Conta-se uma história de que Jack era um irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si.

Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.

b) "Apple-ducking [bobbing for apples]" (maçãs boiando)

Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos. É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta sagrada para a deusa.

Maçãs ficavam boiando em um barril com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da mordida.

c) "Trick or Treat" (Travessura ou Trato)

Dos 15 aos 19 anos de idade vivi nos estados de Indiana e do Tennessee vendo a mesma cena se repetir várias vezes na noite de 31 de outubro. Crianças da vizinhança, fantasiadas de vários monstros, batiam à porta e, ao abrirmos, elas nos indagavam: – "Trick or Treat?".

Se respondêssemos "trick!", elas iniciavam uma série de travessuras como sujar a grama em frente da casa com papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de sairem gritando ofensas ingênuas. Respondendo "treat!", nós lhes dávamos alguns confeitos e elas saíam contentes e felizes em direção à próxima casa.

O que não sabíamos naquela ocasião, mas sei agora, é que aquelas criancinhas simbolizavam os espíritos dos mortos que supostamente vagueavam naquela noite procurando realizar maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Os celtas deixavam comidas do lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam. Ao recebermos aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma forma que os celtas faziam na Antigüidade
.
Algumas pessoas afirmam que a tradição de "trick or treat" não retrocede aos celtas, sendo mais recente, introduzida pela Igreja Católica européia no século IX. Na noite anterior ao "Dia de Todos os Santos" (1º de novembro) alguns mendigos iam de porta em porta solicitando"soul cakes" (bolos das almas) em troca de rezas pelas almas dos finados daquela família. Quanto mais bolos recebiam, mais rezas faziam.

A Igreja Católica passa a chamar a festa de Hallowe’en

Como uma festividade pagã em honra ao "Senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do "Deus Chifrudo" foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?
Como uma festividade pagã em honra ao "Senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do "Deus Chifrudo" foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?

Em 43 d.C., os romanos dominaram os celtas e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas.

Durante séculos, a Igreja Católica Romana celebrava "O Dia de Todos os Mártires" em 13 de maio. O papa Gregório III (papado de 731-741), porém, dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a "todos os santos" no dia 1º de novembro. Assim, em 837, o papa Gregório IV introduziu a festa de "Todos os Santos" no calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1º de novembro. A partir de então deixou-se de celebrar o "Dia dos Mártires" em maio.

Na Inglaterra medieval esse festival católico ficou conhecido como "All Hallows Day" ("Dia de Todos os Santos"). A noite anterior ao 1º de novembro era chamada "Hallows Evening",abreviada "Hallows’ Eve" e, posteriormente, "Hallowe’en".

Mais de um século após instituir o "Dia de Todos os Santos", a Igreja Católica, através da sua Abadia de Cluny, na França, determinou que o melhor dia para se comemorar o "Dia dos Mortos" era logo após o "Dia de Todos os Santos". Assim, ficou estabelecido o "Dia de Finados" no dia 2 de novembro.

Para a Igreja Católica, a noite de "Hallowe’en", o "Dia de Todos os Santos" e o "Dia de Finados" são uma só seqüência e celebram coisas parecidas – a honra e a alma dos mortos! O catolicismo tenta fazer o "cristianismo" e o paganismo andarem de mãos dadas!

Conclusão

Meus queridos professores de inglês, o que há de tão "happy" no Halloween? Onde está a suposta felicidade transmitida pela festa de Samhain? Pessoalmente, não consigo enxergar nada além de trevas espirituais.

Para quem não sente prazer com o sofrimento, "divertida" é uma palavra pouco apropriada para descrever a festa de Samhain, marcada pela angústia, pelo medo, pela depressão, além das piores crueldades e contatos com um mundo espiritualmente tenebroso. Nem os celtas simpatizavam com a festa de Samhain.

O Halloween é uma algolagnia* que leva as crianças a se familiarizarem com o sadismo cândido da infância e desperta o que existe de pior dentro de cada adolescente. É o avesso das relações sociais equilibradas! É a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus participantes tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!

O profeta Isaías nos adverte: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías 8.19-20). Meu querido leitor, a opção é sua: consultar aqueles que tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no que diz a Lei do Senhor.

A Bíblia é clara na opção que devemos seguir: "Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus" (Deuteronômio 18.10-13).

Estamos vivendo em tempos de perversão coletiva, onde a face enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma descarada, mas muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo "Happy Halloween!". Que Deus nos livre do mal. Amém. (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Baixar CD Sérgio Lopes - O Amor De Deus - 2005

1. O Amor de Deus
2. Me Convencer
3. Em teu Olhar
4. Tanto Faz
5. Amor Constrangedor
6. Assim Diz o Senhor
7. Damasco na Cantiga Nordestina
8. Quando me Faltar Amor
9. Tem Misericórdia
10. Só Porque Sou Crente
11. Te Amo
12. Histórias
13. O Lamento de Israel
14. Entre Nós Outra Vez

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Maioria Sempre Tem Razão?

Razão: capacidade mental que leva o ser humano chegar a certas conclusões baseadas em suposições (conjecturas, hipóteses) ou premissas (conclusões).
O uso da razão leva alguém a defender aquilo que entende como a verdade. Mas o que é a verdade? Aquilo que é ou existe iniludivelmente. Conformidade das coisas com o conceito que a mente forma delas. Concepção clara de uma realidade. Algo real e exato.
Verdade absoluta significa algo comprovado, empírico como a mistura do vermelho com o amarelo certamente resultará em cor laranja. E verdade relativa é racional, como afirmações que podem ser comprovadas ou não dependendo do ponto de vista de cada indivíduo.
Deus não é o homem
De Deus tem-se a Verdade Absoluta, dos homens a verdade relativa (Rm 3.4);
Deus não se engana, o coração do homem se equivoca (I Sm 16.7;Jr 17.9,10);
Deus não mente, o homem é tendencioso a falsidade (Nm 23.19);
Deus não dorme, o homem até “ronca” (Sl 121.4; Pv 6.9-11);
Deus não é de confusão, o homem intromete-se em balbúrdias (I Co 14.33; Tg 3.16).
A maioria sem Deus de nada vale, Deus sem a maioria é Autossuficiente! Há uma expressão proverbial, em latim, que diz “Vox populi, Vox dei”, que traduzindo seria “A voz do povo [é] a voz de Deus”. A voz do povo é simplesmente a voz da massa, porém, a voz de Deus faz toda a diferença! 
A voz de Deus é firmada nos seus Atributos Absolutos (incomunicáveis), tais como Perfeição, Eternidade, Imutabilidade, Veracidade, Onisciência, Onipresença, Onipotência, Equidade, Soberania, etc.
Exemplos negativos
Segue abaixo alguns exemplos da maioria equivocada, que por não aceitar a Verdade, “lograram êxito temporário”:
O povo e Arão.  O povo aproveitando a ausência de Moisés convenceu Arão a levantar um ídolo, trocando-o por Jeová que os libertara do Egito (Êx 32.1-35);
O povo e Samuel.  O povo rejeitou o governo teocrático de Deus e o seu profeta, Samuel (I Sm 8.1-22; 10.17,23-25);
O povo e Saul. O mesmo povo que pedira um rei, agora o persuade a não cumprir a vontade de Deus (I Sm 13.8,11;15.9,15,21,24);
O povo e Jesus (o Messias).  O povo trocou Jesus por Barrabás (Mt 27.15-26).
Exemplos positivos
Vejamos alguns exemplos bíblicos de uma “minoria” que, por abraçar a vontade e a Verdade de Deus, sobrepujaram a maioria envolvida com sua verdade relativa:
Micaías. Nos prova que é melhor ser um solitário profeta com a mensagem de Deus, do que pertencer à maioria de bajuladores com mensagem de demônios (I Rs 18);
Sadraque, Mesaque e Abdnego. Nos confirma que é melhor serem três que entram na fornalha ardente com fé, do que ser da maioria que se curvam diante da fria idolatria (Dn 3);
Davi. Nos ensina que é melhor ser “o menor” de funda na mão vendo Deus, do que ser a maioria com espadas, que só conseguem vê o gigante (I Sm 17);
Noé e família. Nos adverte que é melhor serem oito que constroem uma arca, crendo no que nunca viram, do que se juntar a maioria que festejam em volta do que só conseguem “enxergar” (Gn 6-8);
José. Nos faz pensar que é melhor perder tudo confiando nos sonhos dados por Deus, do que ser a maioria que terão seus “ganhos” transformados em “pesadelos” (Gn 37; 45);
Os 12 apóstolos. Nos deixa a lição de que é melhor pertencer aos poucos que têm fome e sede de Deus, do que somar com a maioria que apenas buscam o alimento que perece (Jo 6.22-69).
A matemática é uma ciência exata. Dois mais dois são quatro, e isso é verdade absoluta. Mas, se digo que um mais um é igual a três, essa "minha verdade" é relativa, fruto do meu raciocínio e pode ser questionada.
Portanto, é preferível ficar com Deus, mesmo que sejamos a minoria. Devemos procurar seguir a sua Verdade, que é Absoluta e não relativa. Devemos andar nessa Verdade (Jo 14.6), pois só Ele é cheio de Verdade (Jo 1.14,17). Só a sua Verdade liberta radicalmente o homem das suas ”prisões” pessoais (Jo 8.32), e o leva a ser guiado pelo Espírito da Verdade (Jo 14.17; 15.26; 16.13). Sua Verdade nos santifica (Jo 17.17,19), pois quem pratica essa Verdade se aproxima da Luz (Jo 3.21). Para adorá-LO, só através dessa Verdade (Jo 4.23,24).
Lembre-se: a maioria, pouquíssimas vezes, tem razão.

Pr. Dário José

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pastor se Disfarça de Mendigo

O pastor Jeremias Steepek (foto) se disfarçou de mendigo e foi a igreja de 10 mil membros onde ia ser apresentado como pastor principal pela manhã. Caminhou ao redor da igreja por 30 minutos enquanto ela se enchia de pessoas para o culto. Somente 3 de cada 7 das 10.000 pessoas diziam "oi" para ele. Para algumas pessoas, ele pediu moedas para comprar comida. Ninguém na Igreja lhe deu algo. Entrou no templo e tentou sentar-se na parte da frente, mas os diáconos o pediram que ele se sentasse na parte de trás da igreja. Ele cumprimentava as pessoas que o devolviam olhares sujos e de julgamento ao olhá-lo de cima à baixo.

Enquanto estava sentado na parte de trás da igreja, escutou os anuncios do culto e logo em seguida a liderança subiu ao altar e anunciaram que se sentiam emocionados em apresentar o novo pastor da congreação: "Gostariamos de apresentar à vocês o Pastor Jeremias Steepek". As pessoas olharam ao redor aplaudindo com alegria e ansiedade. Foi quando o homem sem lar, o mendigo que se sentava nos últimos bancos, se colocou em pé e começou a caminhar pelo corredor. Os aplausos pararam. E todos o olhavam. Ele se aproximou do altar e pegou o microfone. Conteve-se por um momento e falou:

“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que foi preparado para vocês desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’. “Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’ “O Rei responderá: ‘Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’."

Depois de haver recitado o texto de Mateus 25:34-40, olhou a congregação e lhes contou tudo que havia experimentado aquela manhã. Muitos começaram a chorar, muitas cabeças se inclinaram pela vergonha. O pastor disse então: "Hoje vejo uma reunião de pessoas, não a Igreja de Jesus Cristo. O mundo tem pessoas suficientes, mas não suficientes discípulos. Quando vocês se tornarão discípulos?". Logo depois, encerrou o culto e despediu-se: "Até semana que vem"! Ser cristão é mais que algo que você defende. É algo que vive e compartilha com outras pessoas. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Às Vezes...

 Dário José
 
Às vezes perder é ganhar e ganhar é se perder!
Às vezes “subir” traz precipícios e “descer” soa como vitória!
Às vezes a fama mata a alma e o anonimato a mantém viva!
Às vezes a riqueza empobrece e na pobreza há  farta nobreza !
Às vezes a arrogância se veste de humilde e o verdadeiro humilde não veste trapos!
Às vezes o silêncio tem som retumbante e o falar de nada vale!
Às vezes o culpado parece inocente e o singelo morre sem culpa!
Às vezes o certo é visto como errado e erros crassos são aplaudidos!
Às vezes o consentimento é visto com cautela e a precaução é tida como um  insulto!
Às vezes o lisonjeiro é tido como amigo e a verdadeira amizade é desprezada!
Às vezes a mentira soa como verdade e os sinceros não têm vez nem voz!
Às vezes a crise traz aprendizado e a zona de conforto produz estagnação!
Às vezes os insubmissos posam de mocinhos e os heróis apenas cumprem suas tarefas!

sábado, 21 de setembro de 2013

9 Regras Para a Vida Espiritual

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22-23).
O Espírito Santo é prático, ajuda-nos a viver um discipulado ativo e é a força que faz nosso conhecimento espiritual se expressar em obras concretas. Ele nos transforma no caráter de Cristo, de quem está escrito: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1.1). O Senhor Jesus foi, sem dúvida, o maior e mais influente Mestre que já existiu. Seu ensino consistia em primeiro fazer e depois falar, transmitindo oralmente sua lição: “...Jesus começou a fazer e a ensinar”. Isso impressionava os ouvintes e não ficava sem resultados. Não é um perigo constante para nós saber tanto da Bíblia sem apresentar resultados e sem transformar esse conhecimento em atitudes? Muitas vezes sabemos o que é certo mas não o fazemos. Nossos vizinhos, colegas de trabalho ou estudo, nossos parentes ou nossos filhos olham para nós, vêem o que fazemos e ouvem o que dizemos. Será que as palavras que pronunciamos sublinham o que fazemos, ou nossos atos gritam tão alto que ninguém quer ouvir o que temos a dizer?
Como o fruto do Espírito em Gálatas 5.22 tem nove facetas, Provérbios 3 é uma unidade, mas nos apresenta nove regras bem práticas para nossa conduta cristã.

1. Confie em Deus

Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5). As pessoas ao nosso redor vêem em nós alguém que confia em Deus? Alguém que fala com o Senhor em oração e que lança sobre Ele todos os seus fardos e problemas? Alguém que, como Jó, José ou Daniel, sabe aceitar as situações de crise com atitude de confiança, que não desanima e não deixa sua fé vacilar? Viver uma vida confiante e provar que realmente se confia em Deus causa uma impressão muito mais profunda do que apenas falar em confiança e esperar essa postura dos outros.
"Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).
A razão desempenha um papel importante na vida espiritual e não deveria ser desligada. Às vezes, porém, ela pode interpor-se no caminho se não estiver sob o domínio do Espírito de Jesus. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7). “...levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).
Duvidar do que Deus faz e questionar Sua Palavra não ajudam em nada nosso avanço na fé. Somente quem confia e crê que Deus sabe o que faz e que Ele sempre faz tudo da maneira correta manterá a paz do Senhor em seu coração. O Espírito Santo quer nos assistir na hora de colocar em prática essa confiança irrestrita em Deus.
Alguém disse: “Coisas que nos confundem, situações para as quais não temos nenhuma solução têm um alvo bem definido: são parte do quebra-cabeça da nossa vida. Deus sabe onde se encaixa cada peça. Obviamente gostaríamos de ver o jogo acabado, mas enquanto vivermos ele não estará terminado. É por isso que entendemos tão pouco a Deus. Parece que todos os dias olhamos para o que Suas mãos estão fazendo, mas vemos apenas as partes que Ele move, uma vez que aqui na terra jamais veremos o quebra-cabeça finalizado”. Isso exige confiança!

2. Estabeleça prioridades espirituais

Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.6). A palavra “reconhecer” significa que devemos colocar o Senhor acima de tudo, no sentido de: “pense em Deus em tudo o que você fizer”, “deixe que o Senhor sempre seja a motivação para tudo o que você faz”, “busque em primeiro lugar o reino de Deus”. Se buscamos a vontade de Deus em tudo o que fizermos, o Senhor nos permitirá reconhecer Sua direção, ainda que não de imediato.
Em que áreas de nossa vida não queremos ou não deixamos que Deus interfira ou dê Sua opinião? Geralmente essas são as áreas que nos causam os maiores problemas. Se envolvermos o Senhor Jesus em tudo o que fizermos, Ele nos conduzirá de forma a que Sua vontade seja feita, e certamente não sairemos prejudicados em nada.

3. Seja espiritualmente saudável

Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos” (Pv 3.7-8). “Ler é para o espírito o que a ginástica é para o corpo”, já dizia Joseph Eddison, escritor inglês do século 18. Isso vale ainda mais para a leitura da Bíblia. Ler e estudar a Palavra de Deus fazem para a alma o que o esporte e a ginástica fazem pelo corpo. Já que alma e o corpo estão em uma relação íntima, a saúde espiritual muitas vezes também se reflete no corpo físico. Quando a alma adoece, o corpo adoece também, e vice-versa. O apóstolo João escreve acerca dessa ligação entre corpo e alma: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3 Jo 2).
Na Medicina sabe-se hoje que pressões emocionais como estresse, pecado, raiva, preocupação ou falta de perdão podem causar doenças físicas, e que em sentido inverso, a cura dos conflitos emocionais pode contribuir para a cura do corpo. Isso obviamente não quer dizer que pessoas felizes e espiritualmente saudáveis não fiquem doentes. Outros fatores também desempenham seu papel, como os genes, o ambiente, acidentes, contágio, etc.
Mas o que está se confirmando cientificamente e é cada vez mais pesquisado em termos de saúde é o que a Bíblia já nos ensina há muito tempo. Ter paz com Deus e segui-lO de todo o coração é melhor do que “espertos” conselhos humanos acerca de aptidão física com que nos defrontamos diariamente e que movem um mercado milionário. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos”.
Tanto dinheiro é gasto com vitaminas, suplementos alimentares, dietas e terapias. Nem sempre isso é necessariamente mau, mas podemos nos perguntar se uma vida no temor de Deus não traria proveito maior para o corpo, a alma e o espírito. Nesse contexto gostaria de citar a Romanos 12.1-2: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (NVI).
Provérbios 4.22 diz acerca dos ensinamentos de Deus: “Porque são vida para quem os acha e saúde, para o corpo”. E Paulo escreve: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1 Tm 4.8).

4. Lide espiritualmente com as coisas materiais

Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9). Martim Lutero teria dito: “Segurei muitas coisas com as mãos e perdi todas elas. Mas ainda possuo tudo que depositei nas mãos de Deus!”.
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9).
Provavelmente não existe nada melhor para se reconhecer o que domina numa vida do que a maneira de lidar com suas posses. É o Espírito Santo quem manda, ou é a carne? É o Espírito ou a avareza? É dar ou receber? É doar ou manter? São as primícias ou o restolho? Paulo descreve muito bem como se manifesta a direção do Espírito em coisas materiais no testemunho que dá acerca das igrejas da Macedônia (das quais fazia parte também a igreja de Tessalônica), dizendo que os crentes de lá deram até “acima de suas posses” “não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos...” (veja 2 Co 8.1-8).
Os tessalonicenses tinham se convertido radicalmente a Jesus Cristo. Paulo diz que seu testemunho era bem conhecido e todos sabiam que eles haviam se convertido dos ídolos para se voltar para Deus e para servi-lO, e que viviam na expectativa da volta do Senhor (1 Ts 1.9-10). Bem se vê que dessa grande virada fazia parte a conversão de suas carteiras, uma vez que a avareza também é idolatria (Cl 3.5).
William MacDonald escreve acerca do comportamento de muitos cristãos de hoje: “Admitindo que uma piedosa busca pelo lucro tenha a ver com a bênção de Deus, nos rebaixamos a ponto de adorar o dinheiro”.[1] Randy Alcorn traz um exemplo muito impressionante do quanto são passageiras as coisas que muitas vezes nos custam tanto dinheiro:
Como podemos transmitir a nossos filhos de forma direta e convincente todo o vazio do materialismo? Tente levá-los a uma excursão por um ferro-velho ou a um aterro sanitário. Isso pode se tornar um verdadeiro evento familiar. (As filas são menores do que nos parques de diversões, a entrada é franca e os meninos adoram!) Mostre-lhes todas as montanhas de “preciosidades” que um dia foram presentes de Natal ou de aniversário. Mostre coisas que custaram centenas de reais, coisas pelas quais seus filhos brigaram, coisas que destruíram amizades, que sacrificaram a honestidade e fizeram casamentos desmoronar. Mostre a eles a miscelânea de braços e pernas e restos de bonecas, robôs enferrujados e aparelhos elétricos jogados fora depois de uma breve vida útil. Mostre-lhes que a maioria das coisas que uma família possui, cedo ou tarde, acabará num lixão igual a esse. Leia 2 Pedro 3.10-14 onde está escrito que tudo se queimará no fogo. E então faça a impressionante pergunta: “Se tudo o que possuímos acaba jogado aqui, inútil e estragado, o que podemos adquirir que permaneça por toda a eternidade?”.[2]
Outra pessoa se expressou assim: “Todo bem material pode ser transformado em um tesouro que dura para sempre porque tudo o que dermos a Cristo se torna eterno”. Talvez pouparíamos muito dinheiro na oficina mecânica, na reforma da casa ou em outras despesas, se seguíssemos a regra de buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça. Dar é melhor que receber, diz a Bíblia, e essa máxima continua plenamente válida.

5. Aceite a disciplina

"Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem"
(Pv 3.11-12).
Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3.11-12). Esses versículos também são mencionados em Hebreus 12.5ss. e Apocalipse 3.19, sempre em imediata relação com o amor do Pai celestial. Disciplina e repreensão podem servir a propósitos diversos.
A disciplina divina pode ser uma medida para levar as pessoas a se converter a Jesus. Muitas só percebem que precisam de Deus e se abrem para Ele quando estão em apuros.
Disciplina também pode ser uma medida contra o pecado, para corrigir um filho de Deus, para conduzi-lo ao arrependimento e protegê-lo de cair.
Existe a possibilidade de o Senhor fazer uso do recurso da disciplina ou da advertência para que a graça de Deus se manifeste ainda mais abundantemente. Isso aconteceu com o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 12.7ss., onde vemos que ele foi protegido da soberba, sofrendo para que se mantivesse humilde. Deus se agradava de Paulo e queria mantê-lo nessa condição; para tanto, usou do recurso de permitir coisas desagradáveis em sua vida.
Não devemos colocar a disciplina e a admoestação sempre no mesmo nível do castigo e da ira de Deus que nos açoita. O texto acima não diz que Deus disciplina alguém de quem Ele não se agrada, mas é justamente o contrário que acontece: Ele disciplina o filho a quem quer bem. Nesse tipo de disciplina, o que está em ação é a pedagogia amorosa do Pai celestial perfeito, é a correção prática para nos manter no caminho e para nos levar adiante, já que Ele tem um alvo maravilhoso preparado para nós.

6. Seja prudente

Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a sabedoria e o bom siso” (Pv 3.21). Com esse conselho espiritual, Salomão tinha em mente o que acabara de dizer. Ele havia falado da preciosidade da sabedoria divina. Por Sua sabedoria Deus criou e manteve os céus (vv.13-20). Assim, a sabedoria divina está subjacente a todas as coisas da vida – incluindo a salvação por Jesus Cristo, como já sabemos. Portanto, somente nos resta uma conclusão: a sabedoria divina, que vem de Sua Palavra e é inspirada pelo Espírito Santo, é a melhor sabedoria que alguém pode alcançar e que deveria almejar antes de qualquer outra coisa.
Mais do que nunca, são necessárias pessoas aptas a dar bons conselhos, que com tato e amor tomem os outros pela mão para conduzi-los a Jesus e à vida eterna.
Deus tornou louca a sabedoria deste mundo porque ela está voltada apenas para o aqui e agora e não para a eternidade. Em contrapartida, Deus faz uso da “loucura da pregação” para salvar os homens (veja 1 Co 1.20-21). O Santo Espírito de Deus mostra que mesmo a “loucura” de Deus (que na realidade não existe) ainda é muito superior à sabedoria deste mundo. Nós, cristãos, não devemos nunca perder de vista essa perspectiva, especialmente diante das milhares de opções que o mundo nos oferece. A supremacia e a superioridade da sabedoria divina deveriam nos nortear sempre.
Um conhecido psicanalista, psicoterapeuta e médico disse: “Em mais de mil horas de análise, com a ajuda do analista, tentei me transformar e me realizar... Meu alvo principal – conseguir amar profundamente, de verdade – não foi tocado nem de leve. Somente quando me abri para o amor de Deus senti que me tornei capaz de amar de forma desapegada” (Dr. Markus Bourquin).

7. Seja generoso

Devemos ajudar a quem realmente precisa. Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato necessita.
Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo” (Pv 3.27-28). Isso nos lembra das palavras de Jesus: “Dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda” (Lc 6.30).
Uma das mais gratas lembranças que tenho de Wim Malgo, o fundador da nossa missão, era sua generosidade e sua alegria em dar e ajudar. Onde ele via alguma necessidade, reagia prontamente e ajudava, e o Senhor o abençoou muito.
Vez por outra ouve-se dizer que é tolice emprestar alguma coisa para um pobre, já que ele não poderá devolver o empréstimo. A Bíblia nos ensina que devemos contar com essa possibilidade, e ajudar mesmo assim. Pois segundo os versículos 27 e 28, três coisas devem ser observadas:
Não te furtes a fazer o bem a quem de direito...” Devemos ajudar a quem realmente precisa. Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato necessita.
...estando na tua mão o poder de fazê-lo.” Devemos ajudar de forma a manter a visão do todo e na medida do que podemos suportar materialmente. Não faz sentido servir de fiador ou doar tanto a alguém ou a alguma organização a ponto de nós mesmos ficarmos necessitados. Não é correto emprestar e depois pedir emprestado.
Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo.” Onde podemos ajudar, deveríamos fazê-lo logo e não deixar nosso próximo esperando pelo cumprimento da nossa promessa. Ajuda não deve ser negada nem protelada com desculpas piedosas (veja Tg 2.15-16).

8. Seja sincero

Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente. Jamais pleiteies com alguém sem razão, se te não houver feito mal” (Pv 3.29-30). Esse conselho é especialmente significativo na convivência familiar, por exemplo no casamento, com os pais, os sogros, os parentes que moram na mesma casa. Perfídia, inveja, intriga, fofoca, acusação... tudo isso repugna ao Espírito Santo. Obviamente essa regra espiritual também se aplica à convivência na comunhão da igreja. O Novo Testamento diz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).

9. Tenha discernimento

Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação.
Muitos cristãos admiram o sucesso dos que o conseguiram por meios ilícitos ou duvidosos, invejam suas conquistas, sua influência e seu reconhecimento. Também olham para personalidades duvidosas do mundo do cinema ou da música e desejam um naco de sua “sorte”. Nos filmes e na televisão, essas celebridades são heróis, mas vivem cometendo adultério, trocando de parceiro, praticando violência, enganado os outros ou falando contra Deus.
William MacDonald escreve: “Nos tornamos vítimas entusiasmadas de programas televisivos imbecis ... De bom grado permitimos ser ‘prensados dentro do formato deste mundo’ (Rm 12.2), assumimos sua maneira de falar, de se divertir e de pensar”.[1] Não deveríamos admirar a prosperidade daqueles que não buscam um relacionamento com o Senhor Jesus, “porque o Senhor abomina o perverso” (v.32) e “as más conversas corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33; veja também Fp 3.18-19).
Lemos sobre os nove aspectos do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.22-26).
Muitos podem estar se perguntando como se transforma isso em prática de vida. C.H. Spurgeon nos fornece uma boa diretriz nesse sentido:
Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação. Mas se esse pedaço de ferro pudesse falar, com certeza não iria louvar a si mesmo, uma vez que ferro e fogo são duas coisas bem distintas. Se ele pusesse se gloriar, iria se gloriar do fogo, que o transformou em um material bem diferente. – Assim, em mim mesmo eu sou escuro, frio e duro; mas quando o Senhor toma posse de minha alma, quando Seu Espírito penetra em meu coração e fico repleto do Seu amor, então vai embora tudo que é tenebroso, toda a dureza e toda a frieza, e mesmo assim a honra não cabe a mim, mas ao Senhor que fez a obra.

Quem se entrega incondicionalmente ao Senhor experimentará transformação. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)